terça-feira, 4 de maio de 2010
Como viajar para o futuro
Pegue um carro. Acelere até chegar a 180 quilômetros por hora, mantenha exatamente essa velocidade por 60 minutos e pare.
Pronto: Você vai ter viajado 0,000000576 milésimos de segundos para o futuro.
É menos excitante do que ir para 2099 ou para semana que vem, mas é o que dá para fazer sem muito equipamento.
Mas se você quiser algo que faça a diferença mesmo, tem que aumentar bem a velocidade.
Aí as coisas ficam claras: você entra num foguete que voe a 1,07 bilhão de quilômetros por hora (exatamente 1,07, nem mais nem menos), vai até a galáxia de Andrômeda, faz o retorno e volta para a terra. Essa viagem vai tomar 8 horas de sua vida. Mas, quando você pousar a nave, o planeta estará 6 milhões de anos no futuro. Aí sim, teremos uma viagem no tempo que vale apena.
Quem descobriu que o mundo funcionava assim foi Albert Einstein, a 104 anos, com a Teoria da Relatividade Especial. O alemão percebeu o seguinte: quanto mais rápido você anda, maior a velocidade que você ”atravessa” o tempo.
Viajar para o futuro (para o futuro mesmo, não só uma fração de milésimo de segundo, como acontece quando você anda de metrô) é apenas uma questão de engenharia. Não é preciso descobrir nada fundamentalmente novo na física, é só construir algo que ande rápido o bastante. Mais voltar no tempo… Aí já é outra historia.
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